segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

5 MESES

(Mudanças entre a 18ª semana à 21ª semana)


Dica para as mulheres que usam colete/cinta que pega abaixo das mamas...: Usem sutiã sem alça e/ou sem bojo/aro. Pois o sutiã irá ficar para cima do colete/cinta (principalmente se for igual ao meu). Já o sutiã estilo nadador, apesar de ser uma das melhores opções, ele abre na frente, "sempre" irá abrir, mesmo que você esteja quieta.
- Acontecimentos durante as semanas:
Em alguns dias, desse período de tempo, venho sentindo fincadas abaixo da escápula (em sentido ao meio da coluna).
- Sempre que preciso usar o colete, uso uma blusa que fique acima da cicatriz.

21-11: Sai de casa pela primeira vez, sem o curativo (cicatrene + micropore). Não senti muita diferença.

  • Com 3 horas andando no shopping, já senti meus pés doendo muito e perna esquerda mais fraca (tremia quando eu assentava).

24-11: Consegui montar a árvore de natal "sozinha"(com ajuda de um banco, para alcançar os galhos mais baixos.

29-11: Consegui abrir o forno do fogão até a metade e pegar a frigideira. (Parece coisa boba, mas a porta é pesada pra caramba).

02-12: Consegui vestir uma blusa (larga) sozinha.

  • Fui ao cinema e descobri que cadeira inclinável é vida! (mesmo tendo o lado negativo para os baixinhos, que não encostam os pés no chão (com a mesma inclinada)). Para quem não consegue se ajustar a cadeiras normais e tentar manter  o corpo a 90°, sem sentir dor, sugiro que assente sem inconstar no encosto delas.

07-12: Fiz uma prova de concurso. Ficar mais de 2 horas, na mesma posição, numa cadeira HORRÍVEL, que mal me cabia (muito pequena)... Resultou em ficar o resto do dia com dor na coluna toda (mais na região cervical).
* Depois da prova, fui para a casa do meu namorado e ele me fez dirigir em um bairro meio deserto (onde pessoas caminham e treinam direção em carro e moto), para eu poder ir pegando o carro aos poucos e dirigir mais tranquila. Dirigi por uns 15 minutos.

10-12: Tomei meu primeiro banho sozinha. :-) Não lavei minhas costas lindamente, mas consegui alcançar a região cervical e lombar. O resto, joguei espuma por cima dos ombros a deixei escorrer com ajuda da água.


14-12: Consegui subir SOZINHA (e sem ninguém por perto), a escada do lado de fora da casa, que vai para o terraço (a pior parte foi olhar para os lados e ver a altura que eu estava). Fiquei MUITO feliz quando chegue lá em cima.
___ HOJE, COMPLETO 5 MESES!!! :-) ___

OBS: Como ainda não comecei a hidroginástica e não estou me alimentando direito (minha fome diminuiu muito), eu emagreci BASTANTE durante a recuperação (não sei quanto estou pesando no momento) e meus músculos na região da cirurgia, estão atrofiando. Mas já estou resolvendo esses detalhes. 


5 meses
(sem flash)

5 meses
(com flash)

5 meses (sem flash _ ombros "alinhados")




quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Consulta médica/Medical Consultation:

Hoje, com 4 meses e 5 dias (pós cirurgia),  fui à minha 3ª consulta (com meus pais). Onde tirei uma nova radiografia (em anexo) e mais fotos (ficaram com o médico)...

Respondendo aos meus leitores: Estou com apenas 10º (quando operei, tinha 42º).

  • O médico liberou dirigir (porem, com cuidado dobrado), mas restrita a pegar ônibus (conversei com ele sobre a impossibilidade de pegar ônibus) e ele me disse para não ter pressa.
  • Já posso fazer Hidroginástica e Natação (apenas)! Ainda restrita a fazer academia, Pilates e Fisioterapia. Me avisou que ficarei cansada durante a atividade, mas que será normal e para eu não me preocupar...
  • Estou liberada para trabalhar e sair mais vezes de casa (festas), mas devo ficar quieta, sem muito esforço físico.

Perguntei ao médico sobre estar dando para perceber meus pinos, quando inclino um pouco o tronco pra frente (são "visíveis") e quando passa a mão por cima deles. Segundo ele, isso ocorre devido ao atrofiamento dos músculos. É normal e esse atrofiamento é revertido com atividade física.

    • P.s.: Tentei tirar foto das radiografias, da melhor forma possível.  :-)

19-11-2014

19-11-2014

Logo após a cirurgia (mesmo dia)!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

4 meses/ 4 months!


Evolução e ocorrências entre a 11ª semana (2 meses e meio) e 17ª semana (hoje).

Geral:
* Não sinto tanta dor ao virar na cama como antigamente, mas ainda sinto um pouco de dificuldade.
* MUITA coceira por toda a região ao redor da cicatriz. 

05-10: Senti muita dor na região lombar ao levantar pela manhã (ocorre até o presente momento, mas com menos intensidade).
08-10: Dedo anelar e mindinho (da mão esquerda (na região digital)), ficou com uma textura aspera,  como se tivesse com uma cola (tipo “super bonder”). Permaneceu assim por duas semanas.
12-10: Dormência na mão e antebraço esquerdo durante a noite. Ocorreu algumas vezes, junto à dormência nos dedos.
25-10: Sensação de dormência nos dedos diminuiu bastante, mas ainda permanece.
03-11: Nó no músculo, entre a escapula e vértebras torácicas.
07-11: Dor na região entre a escapula e vértebras (em toda a extensão).
10-11: Senti muita dor ao virar na cama de madrugada.

14-11: 4 meses de cirurgia se completam!

4 MESES

sábado, 1 de novembro de 2014

ÚLCERA POR PRESSÃO (ESCARA)

Definição: 

As úlceras por pressão (também conhecidas como “escaras”), são lesões cutâneas que se produzem em consequência de uma falta de irrigação sanguínea, devido a uma pressão exercida entre o peso do corpo e uma superfície, promovendo a uma saliência óssea, nas zonas em que esta foi pressionado durante muito tempo (horas, dias...), como por exemplo, uma cama, uma cadeira de rodas, um molde, uma tala ou outro objeto rígido.



Causas:

A pele conta com uma rica irrigação sanguínea que leva o oxigênio a todas as suas camadas. Se essa irrigação for interrompida por mais de 2 ou 3 horas, a pele morre (começando pela epiderme (camada externa))! Uma causa frequente no interrompimento de irrigação na pele é a pressão. A camada de gordura do nosso corpo (principalmente sobre as saliências ósseas), atua como uma “almofada”, evitando assim, que os vasos sanguíneos se tapem.
As pessoas que não podem mexer-se  estão mais propensas a desenvolver úlceras por pressão. Estamos falando de pessoas muito debilitadas, paralisadas e/ou recluídas. Os indivíduos que não são capazes de sentir dor e/ou incomodo, também são susceptíveis à úlcera. A lesão de um nervo (causada por uma ferida, uma pancada, diabetes, entre outras.) reduz a capacidade de sentir dor. E esta capacidade de percepção, também pode ser reduzida pelo coma.
As pessoas desnutridas precisam da camada protetora de gordura. Por haver essa falta de “camada de gordura” e privada de nutrientes essenciais, o risco de desenvolverem úlceras por pressão é maior e havendo a úlcera, a ferida tem mais dificuldade na sua reconstituição durante o tratamento.
Outros tipos de danos à camada externa da pele podem também causar úlceras. Roupas inapropriadas, lençóis enrugados ou a fricção dos sapatos contra a pele podem contribuir para a lesionar. A exposição prolongada à umidade (muitas vezes por transpiração excessiva, urina e/ou fezes) podem danificar a superfície da pele, tornando muito provável a úlcera por pressão.




Sintomas:

Normalmente, as úlceras por pressão provocam uma certa dor e coceira excessiva. Nas pessoas com a sensibilidade afetada podem, até mesmo, desenvolver úlceras graves e profundas sem sentir a dor.

Sinais: (as úlceras por pressão é classificada por estágios.):


Estágio I: eritema não branqueável:

Pele intacta, com rubor não branqueável, numa área localizada, normalmente sobre uma proeminência óssea.
O estágio I pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros, visto que nestes o branqueamento pode não ser visível, a sua cor, porém, pode ser diferente da pele ao redor. A área pode estar dolorida, endurecida, mole, mais quente ou mais fria comparativamente ao tecido adjacente. Este estágio pode ser indicativo de pessoas “em risco”.

Estágio II: perda parcial da espessura da pele:

Perda parcial da espessura da derme, que se apresenta como uma ferida superficial (rasa) com leito vermelho – rosa sem esfacelo. Pode também se apresentar como flictena fechada ou aberta, preenchida por líquido seroso ou sero-hemático.  Apresenta-se ainda, como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou equimose (um indicador de lesão profunda).
As características deste estágio não devem ser confundidas com fissuras de pele, queimaduras por abrasão, dermatite associada à incontinência, maceração ou escoriações.

Estágio III: Perda total da espessura da pele:

Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido adiposo subcutâneo pode ser visível, mas não estão expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina úmida), mas este não oculta a profundidade da perda tecidual. Pode incluir lesão cavitária e encapsulamento.
A profundidade de uma úlcera de estágio III varia de acordo com a localização anatômica. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e uma úlcera de estágio III pode ser superficial.
Em contrapartida, em zonas com tecido adiposo abundante podem desenvolver-se úlceras por pressão de estágio III extremamente profundas. O osso e o tendão não são visíveis ou diretamente palpáveis.

Estágio IV: Perda total da espessura dos tecidos:

Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos ossos, tendões ou músculos. Neste caso, o tecido desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem estar recentes.
A profundidade de uma úlcera por pressão de estágio IV varia com a localização anatômica. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas. A asa do nariz, orelhas, região
occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser superficiais.
Uma úlcera de estágio IV pode atingir o músculo e/ou estruturas de suporte (i.e.fáscia, tendão ou cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de acontecer. Existe osso ou músculo visível ou diretamente palpável.

Outros estágios:

Inclassificáveis/Não graduáveis: Perda total da espessura da pele ou de tecidos - profundidade indeterminada.

Perda total da espessura dos tecidos, na qual a profundidade atual da úlcera está bloqueada pela presença de tecido necrótico (amarelo, acastanhado, cinzento, verde ou castanho) e/ou escara (tecido necrótico amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da ferida.
Até que seja removido tecido necrótico suficiente para expor a base da ferida, a verdadeira profundidade não pode ser determinada; é no entanto uma úlcera de estágio III ou IV.
Obs. Uma escara estável (seca, aderente, intacta e sem eritema ou flutuação) nos calcâneos, serve como penso biológico natural e não deve ser removida.

Suspeita de lesão nos tecidos profundos:

Área vermelha escura ou púrpura localizada em pele intacta e descorada ou flictena preenchida com sangue, provocadas por danos no tecido mole subjacente pela pressão e/ou forças de torção. A área pode estar rodeada por tecido mais doloroso, firme, mole, úmido, quente ou frio comparativamente ao tecido adjacente.
A lesão dos tecidos profundos pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros. A evolução pode incluir uma flictena de espessura fina sobre o leito de uma ferida escura.
A ferida pode evoluir adicionalmente ficando coberta por uma fina camada de tecido necrótico (escara). A sua evolução pode ser rápida expondo outras camadas de tecido dicionais mesmo com o tratamento adequado.”
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013)










Prevenção:

A prevenção é a prioridade máxima em relação às úlceras, incluindo a participação de familiares, assistentes e da equipe de enfermagem. A cautelosa inspeção diária da pele das pessoas acamadas, permite detectar a vermelhidão inicial. Qualquer sinal de vermelhidão indica a necessidade de uma ação imediata, para evitar que a pele se rompa.

As saliências ósseas podem ser protegidas com materiais moles, como o algodão ou a lã esponjosa. Pode-se colocar almofadas na cama, na cadeira e na cadeira de rodas (para reduzir a pressão). Para aquele que não pode mexer-se sozinho, deve-se mudar a posição com frequência; a recomendação habitual é fazê-la de 2 horas em 2 horas e manter a sua pele limpa e seca. Aqueles que ficam muito tempo acamado, pode usar o colchão caixa de ovo, pneumático (diminuir a pressão e proporcionar alívio), para os que têm muitas úlceras por pressão profundas, podem precisar de um colchão com suspensão de ar.
Hidratar a pele do corpo com creme hidratante pelo menos 1x/dia (de preferência hidratantes sem álcool, com menos cheiro e coloração possível).

Colchão Pneumático

Colchão Caixa de Ovo


NÃO FAZER: usar colchões, travesseiros ou almofadas COM botões ou furos.

Tratamento não cirurgico:

                Tratar uma úlcera por pressão é muito mais difícil do que evitá-la. Felizmente, nas suas primeiras etapas, as úlceras por decúbito costumam sarar por “conta própria”, logo que se elimine a pressão sobre a pele.
Cada úlcera deve ser tratada de acordo com seu estágio (análise das bordas, largura, profundidade, aspecto...)e necessidades do “momento”. Avaliação feita por um enfermeiro. Portanto, não colocarei especificações, pois a mesma deverá ser avaliada por um profissional.
Citarei apenas alguns dos materiais utilizados em úlceras: Hidrofimle (filme transparente); Hidrogel; Hidrocolóide; Alginato de Calcio; Hidrofibra; Espuma de Poliuretano, Gaze e Solução Fisiológica. Cada um tem um tamanho ou deve-se adequá-lo à necessidade da úlcera.

As úlceras por pressão são difíceis de tratar. Alguns casos requerem o transplante de pele sã para a zona danificada. Infelizmente, este tipo de cirurgia nem sempre é possível, especialmente nas pessoas de idade, frágeis, que apresentam desnutrição. Quando uma infecção se desenvolve no mais profundo de uma úlcera, antibióticos são administrados. Os ossos situados por baixo de uma úlcera podem infectar-se; esta infecção (osteomielite) é extremamente difícil de curar, pode passar para a corrente sanguínea e propagar-se a outros órgãos, tornando necessário o tratamento com um antibiótico durante muitas semanas.

NÃO FAZER: colocar a mão na ferida (principalmente sem luvas estéreis), lavar o local com qualquer outro produto que não seja a solução fisiológica, friccionar o local com qualquer material (até mesmo com a gaze), deixar o local exposto.
  

Nutrição:

A nutrição e hidratação adequadas promovem uma pele mais resistente e elástica e em melhores condições de manter-se íntegra. A dieta deve ser balanceada, ou seja, conter todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo (proteínas, vitaminas, carboidratos e sais minerais) e em quantidades adequadas para cada pessoa. A quantidade e qualidade dos líquidos ingeridos, também são fundamentais à prevenção ao bom funcionamento do organismo (proteínas, vitaminas, carboidratante e os refrigerantes e sucos artificiais devem ser evitados. Deve-se evitar a desnutrição e a obesidade.

Procedimentos cirúrgicos:

 Indicado para pacientes com úlceras de grau III/IV, que não respondem ao tratamento conservador optimizado, situação médica e nutricional estabilizada, programa de esvaziamento vesical e intestinal adequado, suspensão de hábitos tabágicos, e aceitação dos riscos e da necessidade de um programa de reabilitação pós cirúrgico prolongado para redução das recorrências.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

EDEMA + DRENO (PÓS CIRÚRGICO)

EDEMA

Um pequeno “tira dúvidas”: Edemas (inchaços) / Hematomas (manchas roxas): Ambos são comuns no pós-operatório, não se assuste, mas fique atento a respeito da intensidade dos mesmos.

“O edema agudo pode ocorrer como resultado de trauma para o tecido a partir de lesões, infecções, ou de um procedimento cirúrgico. Inicialmente, após a permeabilidade trauma tecido capilar elevada ou ruptura capilar pode levar à sobrecarga de um sistema linfático saudável devido ao vazamento de líquidos e proteínas para o interstício (espaços teciduais). Também pode haver uma obstrução temporária e / ou danos aos vasos linfáticos que rodeiam diminui a absorção de fluido e proteína. Isto provoca um desequilíbrio no equilíbrio de Starling e inchaço resultados.
... A presença de edema prolongado após a cirurgia ou trauma é clinicamente relevante e pode comprometer os resultados desejados de reabilitação. Edema persistente pode resultar no aparecimento tardio cicatrização de feridas devido aos elementos presentes no fluido de feridas crônicas que inibem o fator de crescimento. Edema persistente pode atrasar fracasso de mediadores químicos que estimulam os receptores da dor e pode causar pressão sobre neuro-receptores (nocioceptor), contribuindo também para a dor. Rigidez articular, perda de tecido e movimento articular devido à tendinose lymphostatic ou ligamentosis pode ocorrer. Prolongada, de alta edema de proteína cria um ambiente receptivo à infecção. Aderências cicatriciais podem ocorrer, desencadeando uma presença contínua de fibrina em torno do local da lesão.
Gerenciando edema persistente, no entanto, pode ser um processo desafiador de encontrar o melhor tratamento em tempo hábil para evitar essas complicações. A mais aceita, ou o tratamento "tradicional" métodos para a resolução de edema e cicatrização de feridas incluem massagem retrógrada, exercício ativo e de movimento passivo, de elevação, vários tipos de compressão, modalidades como de alta tensão estimulação eléctrica, o ultra-som, laser, crio-terapias, e a utilização de diuréticos. ” (RODRICK, Julia)

O edema é o acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial. Ele é constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma, cuja exata composição varia com a causa do edema. Quando o líquido se acumula em todo o corpo, caracteriza-se o edema generalizado. Quando ocorre em locais determinados o edema é localizado, como por exemplo o edema nas pernas de pessoas com varizes.

Tipos:

Edema mole
◦ Infiltração aquosa
◦ Retenção hídrica de curta duração

Edema duro
◦ Proliferação fibroblástica (edema de longa
duração ou com repetidos surtos
inflamatórios)
◦ Linfedema

Edema elástico:

◦ Inflamatórios

Edema inelástico:

◦ Síndrome nefrótica (decorrente de diferentes distúrbios que danificam os rins, causando a liberação de muita proteína na urina.), ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva).

Edema doloroso:

◦ Inflamatório

Coloração:

◦ Palidez

 Transtorno de irrigação:

◦ Cianose

Perturbação venosa localizada:

◦ Vermelhidão
◦ Inflamação

 Textura e Espessura:

◦ Pele lisa e brilhante: recente e intenso
◦ Pele espessa: longa duração
◦ Pele enrugada: edema sendo eliminado


 DRENO


O uso de drenos em cirurgias ortopédicas tem a função de facilitar o esvaziamento do ar e líquidos (sangue, secreções) acumulados na cavidade, reduzir o edema pós-operatório,  melhorando a cicatrização de partes moles, diminuição da dor pós-operatória e até mesmo a diminuição do número de infecções (contando que o mesmo, pode promovê-las devido ao malcuidado).

Em procedimentos realizados por via artroscópica (um tipo de endoscópio inserido por dentro da articulação, através de uma pequena incisão), a drenagem diminuiria os efeitos indesejáveis do acumulo de sangue dentro do espaço articular, como a toxicidade para as células presentes no tecido cartilaginoso (condrócitos) e matriz cartilaginosa, a formação de aderências, sinovite (inflamação do tecido que reveste a parte interior das articulações)e até diminuiria a distensão articular responsável em parte pela dor e pela dificuldade de ganho de movimentos no pós-operatório.


Cuidados com o dreno:

A equipe deve certificar de que não há escape de ar tanto no frasco, quanto o tubo extensor; deve-se manter o frasco coletor abaixo do nível do tórax, principalmente ao deambular; deve-se evitar quebrar ( caso ocorra, deve imediatamente pinçar com os dedos a extensão entre o dreno e o frasco o que impedirá um pneumotórax).
O dreno deve ser mantido mergulhado em solução estéril (selo d’água) contida no frasco coletor. No mesmo deve-se colocada uma fita adesiva (em seu exterior), para marcar o volume drenado (coloração, viscosidade, aspecto).
                Observar a oscilação da coluna de líquido no interior do frasco, pois deve estar de acordo com os movimentos respiratórios.
Realizar o curativo diário do dreno.

Cuidados de enfermagem:

  • Manter a permeabilidade, visando garantir uma drenagem eficiente;
  • Realizar o adequado posicionamento do dreno;
  • Evitar tração e posterior deslocamento;
  • Realizar o curativo conforme necessário de acordo com a padronização da instituição hospitalar;
  • Prevenir infecção;
  • Controlar a drenagem, atentando para o volume drenado, aspecto da secreção drenada;
  • Registrar corretamente esses dados;
  • Característica da secreção drenada.


Dreno de Sucção (Portovac)


É composto por um sistema fechado de drenagem pós-operatória, de polietileno, com resistência projetada para uma sucção contínua e suave.
Possui uma bomba de aspiração com capacidade de 500 ml, com um cordão de fixação, uma extensão intermediária em PVC com pinça corta-fluxo e um conector de duas ou três vias, e um cateter de drenagem com agulha de aço cirúrgico (3,2 mm, 4,8 mm ou 6,4 mm) utilizada para perfurar o local de passagem do dreno.
É usado para drenagem de líquido seroso ou sanguinolento, de locais de dissecção ou da área de anastomoses intraperitoneais. Seu objetivo é facilitar a coaptação dos tecidos adjacentes e impedir o acúmulo de soro e a formação de hematoma. Uma das principais complicações são a erosão do dreno em órgãos ou vasos circunvizinhos e a ruptura do cateter ao ser retirado.



Dreno de Sucção (Portovac)




quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Tipos de Escoliose

Hoje, faço 3 meses pós cirurgia e queria compartilhar com meus leitores a respeito da escoliose, em específico. :-)


 “ Escoliose Estrutural Idiopática:

É a mais freqüente das escolioses, responsável por aproximadamente
80% de todos os casos.
A escoliose estrutural é importante, progressiva e incapacitante no futuro. Existe um fator genético associado e, embora não se evidenciem anomalias cromossômicas, aparece com maior freqüência em gêmeos, irmãos e familiares. Alguns autores já adotam o termo escoliose familiar em vez de escoliose idiopática(14). Talvez seja uma doença ligada ao sexo, transmitida por um caráter dominante de baixa penetrância, pois a doença incide nos dois sexos, embora seja mais comum no sexo feminino(15). Acredita-se que a escoliose seja uma condição multigênica dominante com expressão fenotípica variável. A escoliose incide em aproximadamente 4% sendo que um terço evolui para cirurgia(13).
O conhecimento da história natural da escoliose idiopática é essencial para o tratamento efetivo.
Considera-se normal a coluna vertebral que, na radiografia panorâmica em AP, não apresenta nenhuma inclinação lateral, porém alguns autores(16) consideram que curvas que não excedem a 10o não podem ser diagnosticadas como escoliose. Sendo assim, um grande número de pacientes com pequenos graus de curvatura pode ser considerado normal e não patológico(17).
Portanto, curvas menores que 10o podem ser diagnosticadas como escoliose postural, e aquelas secundárias à assimetria dos membros inferiores, como escoliose funcional, evitando assim o termo escoliose idiopática(16).
Determinar se uma curva está progredindo é muito importante, mas difícil de realizar. Na medida do ângulo de Cobb a margem de erro pode chegar até 7o. Para diminuir a incidência de erros, devem ser realizadas radiografias em seqüência que mostrem mais do que 10o de alteração ou um aumento de 5o em curvas preexistentes para se documentar como curva progressiva(16). O exato conceito de progressão pode afetar a decisão do tratamento.
Progressão não é indicação absoluta de tratamento. Exemplo: um aumento de 10o tem diferentes implicações para um paciente com uma curvatura de 10o do que para outro com 35o de curva. Progressão no passado não é necessariamente um indicador de progressão futura, especialmente para curvas pequenas.
Conforme a classificação vista, a escoliose estrutural idiopática pode ser assim dividida:
Infantil (0 – 3 anos)
a) resolutiva
b) progressiva
Juvenil (3 – 10 anos)
Adolescente (acima de 10 anos)

Escoliose Idiopática Infantil:

É relativamente rara, sendo a incidência menor do que 1%. Quando ocorre, 90% dos casos apresentam resolução espontânea, porém 10% restantes evoluem para escoliose muito grave(10). A escoliose idiopática infantil progressiva continua progredindo durante a adolescência. É mais freqüente em meninos e geralmente se associa a outras anomalias congênitas fora da coluna vertebral.
Se não houver resolução espontânea, as curvas geralmente respondem bem ao tratamento conservador. O tratamento é cirúrgico quando há anomalia congênita ou em grandes escolioses potencialmente progressivas e com morbidade aumentada.

Escoliose Idiopática Juvenil:

Como está descrito na literatura mundial, ocorre em 12% a 21% dos
casos e parece existir uma incidência igual nos dois sexos. Trata-se de uma enfermidade nitidamente familiar, sendo freqüentes as pequenas curvas não progressivas, sendo a curva torácica direita a mais comum. Não ocorre remissão espontânea, e no começo da adolescência pode evoluir de forma rápida quando não tratada.
O tratamento não-cirúrgico é realizado pelo uso do colete de Milwaukee nas curvas torácicas e órtese lombossacral (OTLS) nas curvas toracolombares menores que 400 e lombar simples. Quanto ao tratamento cirúrgico, este deve ser, se possível, retardado até o final do crescimento da coluna vertebral.

Escoliose Idiopática no Adolescente:

Está presente em 2% a 4% das crianças entre 10 e 16 anos de idade. É nessa época que muitos pacientes se apresentam para diagnóstico e tratamento. Alguns já com curvas bem estruturadas e que evoluem rapidamente, cerca de 1o por mês, na fase de crescimento rápido (9 aos 13 anos). por outro lado, existem curvas pequenas que não progridem na adolescência.
É mais freqüente no sexo feminino, sendo a curva torácica direita a mais comum. Sua prevalência na população geral é de 1,8%, se curvas inferiores a 10o forem incluídas. É um problema mundial; com estudos de prevalência na China, Japão, União Soviética, Suécia, Estados Unidos e Brasil mostrando notáveis resultados similares(18).
A causa da escoliose ainda não é conhecida, a despeito de muitos estudos. Um estudo feito por Warren et alii(19) sugere uma relação causal entre hipoestrogenismo (com amenorréia) e escoliose.
Escoliose idiopática no adolescente tem recebido muita atenção nos últimos 20 anos, principalmente em razão de três fatores: o uso da avaliação escolar para avaliar grandes grupos de população, melhora nos métodos de tratamento não cirúrgico e o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas seguras.
            A essência de qualquer programa de qualidade é detectar curvas vertebrais progressivas na época em que elas podem ser mais bem tratadas. Assim, curvas maiores que 40o são relativamente refratárias ao uso de coletes; o tratamento deve começar antes que a curvatura alcance esse ponto. Como mostrado por Lonstein e Carlson, curvas menores que 20o são benignas e não precisam ser tratadas, porém devem ser observadas quanto a futuras progressões.
Dos adolescentes diagnosticados com escoliose, somente 10% têm curvas que progridem e merecem tratamento médico. Os principais fatores de risco para progressão da curva escoliótica são curvas com grande magnitude, imaturidade óssea e sexo feminino. É bom lembrar que adolescentes com mínima escoliose e com baixo risco para progressão, ao serem referendadas desnecessariamente para tratamento, evoluem com extrema ansiedade, apresentam absenteísmo na escola e no trabalho, além de serem expostos desnecessariamente a radiações. Por outro lado, quando o tratamento é retardado nos pacientes com escoliose de grande magnitude, com morbidade aumentada, os efeitos psicológicos e sociais desta doença podem ser desastrosos, como p.ex., isolamento social, oportunidades limitadas de trabalho e baixo índice de matrimônio. (...)” NATOUR, Jamil (2004)



Escoliose Degenerativa:

Como a média de idade da população em geral vem aumentando, um dos maiores desafios é tratar esses pacientes com escoliose degenerativa. Acredita-se que a degeneração das facetas e discos, que evoluem para rotação e listese é o ponto inicial da reação que provoca a escoliose no adulto. A curvatura vertebral que usualmente aparece na coluna lombar ou toracolombar parece ter mais listese rotatória e lateral com pequeno ângulo de Cobb do que as longas curvas que aparecem nos pacientes adultos com escoliose idiopática. No plano sagital, além disso, é comum perda da lordose ou retificação da cifose com o paciente inclinado para a frente. Compressão neural resultante da combinação de listese, hipertrofia ligamentar, hipertrofia facetaria e colapso discal resultam em sintomas de claudicação radicular ou neurogênica. Estes pacientes requerem tratamento da sua coluna mais pela dor neurogênica do que pela dor nas costas ou deformidade.

A idade avançada dos pacientes é um fator complicador aumentando o risco para tratamento cirúrgico dos sintomas. Por exemplo, deficiência cardiopulmonar e outras co-morbidades, como diabetes, hipertensão arterial de difícil controle, aumentam o grau de complicação destes pacientes. A densidade óssea está geralmente diminuída. Contraturas de partes moles e diminuição total na flexibilidade reduzem a capacidade de realizar e manter postura correta.
A escoliose degenerativa, descrita como escoliose “de novo”, foi concebida inicialmente como decorrente de doença osteometabólica, como osteoporose e osteomalácia. Pensou-se que ossos enfraquecidos colapsam e resultam em escoliose degenerativa. Subseqüentemente, densitometrias realizadas em pacientes com escoliose degenerativa e escoliose idiopática no adulto não mostraram diferenças significativas na densidade óssea mineral entre os dois grupos(44). A prevalência da escoliose degenerativa é de 6% sendo a idade média de apresentação a partir dos 60 anos. A progressão da curvatura na escoliose degenerativa, como relatou Pritchett, é de 3,30 Cobb em média e alguns alertas radiológicos estão descritos: um ângulo de Cobb de 300 ou mais, translação vertebral lateral de 6mm ou mais, rotação apical de grau 3 e listese proeminente ou grave de L5 são fatores preditores de progressão da curvatura vertebral.

Tratamento Não Cirúrgico:

Em síntese, o tratamento conservador com antiinflamatórios não hormonais, infiltrações epidurais e coletes pode ajudar no alívio dos sintomas nos membros inferiores e costas. Exercícios de condicionamento aeróbico e flexibilidade são benéficos quando tolerados pelo paciente e ajudam a prevenir a progressão da osteoporose em pacientes idosos.

Tratamento cirúrgico:

As metas do tratamento cirúrgico são descompressão dos elementos neurais e estabilização da coluna vertebral. A severidade e extensão da estenose do canal e a deformidade determinam o procedimento cirúrgico necessário. A cirurgia pode variar da laminotomia ou laminectomia somente para uma liberação anterior com descompressão posterior e fusão com instrumental. (...)” NATOUR, Jamil (2004)

Escoliose Congênita (presente no nascimento):

Decorrente de uma anomalia óssea presente no nascimento, resultando em uma má formação de parte da coluna vertebral, ocorrendo entre a terceira e sexta semana de gestação (durante o desenvolvimento da coluna do feto). Escoliose congênita é geralmente o resultado de um lado de uma vértebra que não fecha totalmente. Os médicos nomeada por médicos de “crescimento de uma hemivértebra” (meia vértebra), que faz com que a coluna cresça torta. Essa patologia, também pode ocorrer quando as vértebras não segmentam como deveriam, elas naturalmente se fundem no que é chamado uma “vértebra em bloco”, que também afetando o modo como a coluna vertebral cresce.

Escoliose Neuromuscular:

Um resultado anormal dos músculos e/ou nervos, Desordem no sistema neurológico de uma criança. Frequentemente visto em pessoas como paralisia cerebral, distrofia muscular  ou espinha bífida, pode desenvolver escoliose neuromuscular ou em pacientes com várias condições que são acompanhadas por, ou resultar em paralisia. A coluna vertebral geralmente assume uma longa curva em forma de C, nesse tipo de escoliose. Porque as crianças têm troncos muito fracos e não são capazes de suportar seus corpos.

CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DAS DEFORMIDADES

Escoliose Estrutural
 1. Idiopática
1.1 Infantil (0-3 anos)
1.1.1 Resolutiva
1.1.2 Progressiva

2. Neuromuscular
2.1 Neuropática
2.1.1 Neurônio motor superior
2.1.1.1 Paralisia cerebral
2.1.1.2 Degeneração espinocerebelar
2.1.1.2.1 Deformidade de Friedreich
2.1.1.2.2 Enfermidade de Charcot – Marie – Tooth
2.1.1.2.3 Enfermidade de Roussy – Lévy
2.1.1.3 Siringomielia
2.1.1.4 Tumor de medula espinhal
2.1.1.5 Traumatismo de medula espinhal
2.1.1.6 Outras
2.1.2 Nerônio motor inferior
2.1.2.1 Poliomielite
2.1.2.2 Outras mielites a vírus
2.1.2.3 Traumática
2.1.2.4 Atrofia muscular espinhal
2.1.2.4.1 Werdnig – Hoffmann
2.1.2.4.2 Kugelberg – Welander
2.1.2.5 Mielomeningocele (paralítica)
2.1.3 Disautonomia (síndrome de Riley – Day)
2.1.4 Outras
2.2 Miopática
2.2.1 Artrogripose
2.2.2 Dostrofia muscular
2.2.2.1 Duchenne (pseudo-hipertrófica)
2.2.2.2 Fascioescápulo-umeral
2.2.3 Desproporção do tipo de fibra
2.2.4 Hipotonia congênita
2.2.5 Miotonia deistrófica
2.2.6 Outras

3. Congênita
3.1 Insuficiência de formação
3.1.1 Vértebras em cunha
3.1.2 Hemivértebras
3.2 Falta de segmentação
3.2.1 Unilateral (bloco não segmentado)
3.2.2 Bilateral (fusão)
3.3 Mista

4. Neurofibromatose

5. Alterações mesenquimatosas
5.1 Síndrome de Marfan
5.2 Síndrome de Ehlers–Danlos
5.3 Outras

6. Doença reumatóide

7. Traumática
7.1 Fratura
7.2 Pós-irradiação
7.3 Cirúrgica
7.3.1 Pós-laminectomia
7.3.2 Pós-toracoplastia

8. Contraturas extravertebrais
8.1 Pós-empiema
8.2 Pós-queimaduras

9. Osteocondrodistrofia
9.1 Nanismo disartrófico
9.2 Mucopolissacaridose
9.3 Displasia espondiloepifisária
9.4 Displasia epifisária múltipla (acondroplasia)
9.5 Outras

10. Infecção óssea
10.1 Aguda
10.2 Crônica

11. Metabólica
11.1 Raquitismo
11.2 Osteogênese imperfeita
11.3 Homocistinúria
11.4 Outras

12. Relacionada com a articulação lombossacral
12.1 Espondilólise e espondilolistese
12.2 Anomalias congênitas da região lombossacral
13.1 Coluna vertebral
13.1.1 Osteoma osteóide
13.1.2 Histiociose X
13.1.3 Outras
13.2 Medula espinhal (v. neuromuscular)

Escoliose Não-Estrutural ou Funcional
1. Escoliose postural
2. Escoliose histérica
3. Irritação radicular
4. Inflamatória (ex. apendicite)
5. Assimetria dos membros inferiores
6. Contratura do quadril “ NATOUR, Jamil (2004)

 Referência bibliográfica:
NATOUR, Jamil. Coluna Vertebral: conhecimentos básicos, 2004.



Possuo a Escoliose Idiopática. Abaixo estarão minhas fotos e radiografias pré cirurgia (no decorrer dos anos).




Janeiro, 2014

Penúltimas radiografias com escoliose (não lembro a data) - após 2012

Penúltimas radiografias com escoliose (não lembro a data) - após 2012

Julho, 2014

Julho, 2014