sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

7 Meses / Months

Mudanças entre 14 de janeiro de 2015 e 20 de fevereiro de 2015 (7 meses e 8 dias)

18/01/2015: Dirigi pela 2ª vez (após a cirurgia), em uma estradinha onde também quase não passa carro. Nesse dia consegui dirigir por mais tempo. (com ajuda do meu namorado).

21/01/2015: (6º dia de Hidroginástica) - Consegui acompanhar a turma no exercício realizado em roda (de mãos dadas).
            *Os exercícios realizados com os Halteres, eu não realizo, pois são muito pesados (debaixo d'água). Até mesmo o de peso minimo.

Halteres

23/01/2015: (7º dia de Hidroginástica) - Consegui descer os degraus da piscina (que são levemente inclinados), sem ajuda da educadora física.
            *Consegui realizar alguns exercícios -> com a boia-espaguete (nas mãos), mas não realizei os exercícios de colocar o tronco sobre a mesma e boiar ( fazer "bicicleta" e "bater as pernas").





24/01/2015: Fiquei com muita dor do pescoço até abaixo da escápula esquerda, como se fossem ficadas na região.





28/01/2015:  * Ortopedista [ 6 meses e 15 dias _ 4ª consulta médica (pós cirurgia) ] : Radiografia foi realizada e está tudo “OK”. O médico disse para mudar da Hidroginástica para natação, mas meu corpo ainda não esta preparado para tal mudança.
             * (Primeiro dia de ônibus): Voltei da consulta médica de ônibus (com a minha mãe), mas antes, enrolamos um pouco no shopping (não me senti cansada, nesse período), para não pegar ônibus muito cheio.  

01/02/2015: Fiz outra prova de concurso (rsrs). Dessa vez, a cadeira era mais confortável e meu pescoço não doeu tanto, como a ultima vez.


02/0/2015: (11º dia de Hidroginástica) – Consegui realizar o exercício de dar volta na piscina (sem apoio) e de (subir e descer a boia-espaguete com os pés (alternando-os). (Não sei o nome do exercício)




04/02/2015: (12º dia de Hidroginástica) - Consegui realizar a atividades com o bastão (sem carga). 



06/02/2015: (2º dia de ônibus) – Fui ao centro com minha e não tinha lugar para assentar (de inicio), mas foi “mais confortável” ir de pé do que assentada.

09/02/2015: (14º dia de Hidroginástica) Minha elasticidade das pernas, estão melhorando a cada dia que se passa (na Hidroginástica). Já consigo fazer quase todos os exercícios que não precisam da barra (da piscina), menos os de pular e boiar. Consegui realizar a atividade em dupla.
         * Quando foi anoitecendo, comecei a sentir uma dor incomoda no lado esquerdo do pescoço e lombar. 




10/02/2015: Acordei com muita dor no pescoço (mal o mexia para o lado e p volta era pior) e lombar. Passei a tarde toda deitada.
- Uma das vezes que fui levantar da cama, senti uma dor tao forte que quase voltei com o corpo (deitei-me). Utilizei um massageador elétrico com motor "fraco" (que possui a função de esquentar, em um de seus lados), para ver se a dor diminuía;e tomei banho bem quente, para também, ver se aliviava as dores locais e  coloquei bolsa térmica na região lombar, na hora de dormir.
 - A dor era tao forte (na região lombar), que às 3h da madrugada, tomei um Relaxante Muscular. Só consegui dormir, porque estava muito cansada, mas custei a dormir.
 - Para virar na cama doida tanto, que eu puxava o colchão com a mão, como ajuda para movimentar-me, pois todo o tronco doía.
Durante a madrugada deitei de barriga para baixo e fiz massagem com as mãos na região lombar.
 - A posição que mais doía era a de decúbito dorsal.

Massageador elétrico (fraco)


11/02/2015: Não fui à hidroginástica, pois dormi apenas 2h e sentia muita dor na região lombar. Ate para espirrar, dói. Tomei banho quente a tarde e fiz Massagem com o massageador menor, pois seu motor é "mais forte". Dor de leve durante a tarde e sem dor no pescoço (não havendo mais episódios de dor nessa região).

Massageador elétrico (forte)


12/02/2015: *Na virada do dia 11 para o dia 12, não coloquei bolsa e nem realizei massagem.
            *Muita dor durante a madrugada. Levantei da cama pelo menos 3x, de tao intensa que a dor era.
- Levantava, caminhava pela sala, tentava dormir assentada na cama... Ao tentar virar-me na cama (deitada), a dor era tao forte, que alem da dor, sentia umas fincadas nas laterais do osso do quadril.
- Essa noite descobri o que é sentir calafrios de dor. Ter a vontade de “urrar de dor”, mas se conter, pois todos estão dormindo.
- Na 2ª vez que levantei-me da cama, apalpei a região (p tentar diminuir a dor ) e a senti inchada.
- A dor apenas cessava, quando fazia a "caminhada" na sala e depois assentava na cama.

             *Tomei um Analgésico por volta das 22:40 e o efeito só foi aparecer, após 01h A.M. do dia 13. Logo após, senti dor leve (deitada).

NÃO MUITO FELIZ (ultimamente), completo meus 7 MESES de "coluna nova". (12-02-2015)

13/02/2015: * Sempre que eu espirrava, era uma tortura para minhas costas.
            * A dormência na região da mama esquerda voltou.
            * Na hora de dormir a dor da região lombar foi aumentando. Resultando na perda de sono (dormi por mais ou menos 2h).
            * Minha cintura ja estava doendo tanto, que até um dos massageadores elétricos, começou a me machucar (o menor).

14/02/2015: Às 06h A.M. ( + / - ), minha avó ficou esquentando toalhas (de rosto) com o ferro de passar roupa, para eu colocar debaixo do corpo (região lombar), pois mal conseguia me mexer na cama, de tanta dor. Mas não tomei medicação. Por volta das 9h A.M., tomei um banho quente (mesmo estando muito calor no momento). Voltei a usar o colete (o mesmo que uso desde o pós cirúrgico).
 - Estou evitando espirrar, pois dói muito.
            * Usei o colete o dia inteiro.

15/02/2015: Acordei com dor na região torácica e lombar, assim que acordei. Mas usei o massageador (maior) e as dores passaram.

            * Fiquei fora de casa na parte da tarde e noite, sem dores (maior parte do tempo assentada).

16/02/2015: Acordei mais um dia com dor e assim que utilizei o massageador (maior) as dores sessaram. Durante o dia, senti dor apenas na hora de deitar / levantar da cama e ao mudar-me de posição na mesma.
            * Usei o colete apenas para sair de carro.

17/02/2015: Fui ao clube com meus primos e, dois deles me ajudaram para eu tentar mergulhar (já dentro da piscina) e eu consegui. Fui até mais longe do que eu imaginei que eu conseguiria. Não me esforcei muito e consegui nadar sem dor. A região lombar doeu apenas nas primeiras vezes que eu levantava. Não fiquei nadando o dia inteiro, pois não queria que aquela dor horrível voltasse.

18 e 19/02/2015: Senti dor apenas na hora de levantar da cama (na região lombar), leve dor abaixo da escápula (com um pouco de dormência) e região da cintura (região anterior e posterior da região lombar) durante o dia. Senti a cintura pesada, como se algo a empurrasse para baixo.

20/02/2015: Levantei da cama sem dor.
                  * (15º dia de Hidroginástica) - Consegui realizar todos os exercicios (exceto os de pular) e consegui pela 1ª vez, realizar atividade com os Halteres (todas as atividades).
*Meu dia segue sem dor!


Estendi 8 dias do meu "diário mensal", pois queria finalizar a fase de dor intensa na coluna (deste mês). 


Obs.: TODAS as imagens acima, foram copiadas do site de busca "Google".





16/02/2015 (7 meses e 4 dias)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

6 meses

(Mudanças entre os dias 15/12/2014 e 13/01/2015)



23-12-2014 _ Pela primeira vez pós cirurgia, consegui ter sensibilidade na região da coluna, ao coçar.
01-01-2015 _ No desespero de matar uma barata (de madrugada), eu consegui encostar a mão no chão, de pé e sem flexionar os joelhos. Só me dei conta do que fiz, quando eu me levantei. Ficamos minha prima e eu, boquiabertas com a cena do momento. Rsrs 
03-01-2015 _ * Acordei com muita dor na região lombar.
 *  Voltei a dormir no meu quarto/ cama, mas ainda em uso do colchão “caixa de ovo”. Já consigo me levantar sozinha da cama, com ajuda apenas do braço (empurrando o meu tronco para cima com cuidado, para não dar arranco). Antes estava dormindo no quarto de frente para o banheiro, com a minha mãe. Pois ainda dependia dos cuidados dela até então.
05-01-2015 _ Dor na região torácica (para lombar), ao deitar na cama.
07-01-2015 _ Fui ao hospital visitar minha priminha que havia acabado de nascer e consegui carregá-la.
08-01-2015 _ Lavei minha bolsa a mão, no tanque (o mesmo é baixo). Minha coluna doeu apenas na hora de enxaguar e torcer a bolsa, pois eu já estava muito tempo na mesma posição.
09-01-2015 _ Comecei a hidroginástica (FINALMENTE). Estou fazendo 3x na semana e em grupo. No primeiro dia, minha coluna doeu apenas quando sai da piscina.
12-01-2015 _ Hidroginástica (2º dia): Minha coluna doeu no exercício de fazer extensão (para trás) com a perna.
13-01-2015 _ Completo 6 meses de cirurgia. 


07-01-2015

6 meses

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

5 MESES

(Mudanças entre a 18ª semana à 21ª semana)


Dica para as mulheres que usam colete/cinta que pega abaixo das mamas...: Usem sutiã sem alça e/ou sem bojo/aro. Pois o sutiã irá ficar para cima do colete/cinta (principalmente se for igual ao meu). Já o sutiã estilo nadador, apesar de ser uma das melhores opções, ele abre na frente, "sempre" irá abrir, mesmo que você esteja quieta.
- Acontecimentos durante as semanas:
Em alguns dias, desse período de tempo, venho sentindo fincadas abaixo da escápula (em sentido ao meio da coluna).
- Sempre que preciso usar o colete, uso uma blusa que fique acima da cicatriz.

21-11: Sai de casa pela primeira vez, sem o curativo (cicatrene + micropore). Não senti muita diferença.

  • Com 3 horas andando no shopping, já senti meus pés doendo muito e perna esquerda mais fraca (tremia quando eu assentava).

24-11: Consegui montar a árvore de natal "sozinha"(com ajuda de um banco, para alcançar os galhos mais baixos.

29-11: Consegui abrir o forno do fogão até a metade e pegar a frigideira. (Parece coisa boba, mas a porta é pesada pra caramba).

02-12: Consegui vestir uma blusa (larga) sozinha.

  • Fui ao cinema e descobri que cadeira inclinável é vida! (mesmo tendo o lado negativo para os baixinhos, que não encostam os pés no chão (com a mesma inclinada)). Para quem não consegue se ajustar a cadeiras normais e tentar manter  o corpo a 90°, sem sentir dor, sugiro que assente sem inconstar no encosto delas.

07-12: Fiz uma prova de concurso. Ficar mais de 2 horas, na mesma posição, numa cadeira HORRÍVEL, que mal me cabia (muito pequena)... Resultou em ficar o resto do dia com dor na coluna toda (mais na região cervical).
* Depois da prova, fui para a casa do meu namorado e ele me fez dirigir em um bairro meio deserto (onde pessoas caminham e treinam direção em carro e moto), para eu poder ir pegando o carro aos poucos e dirigir mais tranquila. Dirigi por uns 15 minutos.

10-12: Tomei meu primeiro banho sozinha. :-) Não lavei minhas costas lindamente, mas consegui alcançar a região cervical e lombar. O resto, joguei espuma por cima dos ombros a deixei escorrer com ajuda da água.


14-12: Consegui subir SOZINHA (e sem ninguém por perto), a escada do lado de fora da casa, que vai para o terraço (a pior parte foi olhar para os lados e ver a altura que eu estava). Fiquei MUITO feliz quando chegue lá em cima.
___ HOJE, COMPLETO 5 MESES!!! :-) ___

OBS: Como ainda não comecei a hidroginástica e não estou me alimentando direito (minha fome diminuiu muito), eu emagreci BASTANTE durante a recuperação (não sei quanto estou pesando no momento) e meus músculos na região da cirurgia, estão atrofiando. Mas já estou resolvendo esses detalhes. 


5 meses
(sem flash)

5 meses
(com flash)

5 meses (sem flash _ ombros "alinhados")




quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Consulta médica/Medical Consultation:

Hoje, com 4 meses e 5 dias (pós cirurgia),  fui à minha 3ª consulta (com meus pais). Onde tirei uma nova radiografia (em anexo) e mais fotos (ficaram com o médico)...

Respondendo aos meus leitores: Estou com apenas 10º (quando operei, tinha 42º).

  • O médico liberou dirigir (porem, com cuidado dobrado), mas restrita a pegar ônibus (conversei com ele sobre a impossibilidade de pegar ônibus) e ele me disse para não ter pressa.
  • Já posso fazer Hidroginástica e Natação (apenas)! Ainda restrita a fazer academia, Pilates e Fisioterapia. Me avisou que ficarei cansada durante a atividade, mas que será normal e para eu não me preocupar...
  • Estou liberada para trabalhar e sair mais vezes de casa (festas), mas devo ficar quieta, sem muito esforço físico.

Perguntei ao médico sobre estar dando para perceber meus pinos, quando inclino um pouco o tronco pra frente (são "visíveis") e quando passa a mão por cima deles. Segundo ele, isso ocorre devido ao atrofiamento dos músculos. É normal e esse atrofiamento é revertido com atividade física.

    • P.s.: Tentei tirar foto das radiografias, da melhor forma possível.  :-)

19-11-2014

19-11-2014

Logo após a cirurgia (mesmo dia)!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

4 meses/ 4 months!


Evolução e ocorrências entre a 11ª semana (2 meses e meio) e 17ª semana (hoje).

Geral:
* Não sinto tanta dor ao virar na cama como antigamente, mas ainda sinto um pouco de dificuldade.
* MUITA coceira por toda a região ao redor da cicatriz. 

05-10: Senti muita dor na região lombar ao levantar pela manhã (ocorre até o presente momento, mas com menos intensidade).
08-10: Dedo anelar e mindinho (da mão esquerda (na região digital)), ficou com uma textura aspera,  como se tivesse com uma cola (tipo “super bonder”). Permaneceu assim por duas semanas.
12-10: Dormência na mão e antebraço esquerdo durante a noite. Ocorreu algumas vezes, junto à dormência nos dedos.
25-10: Sensação de dormência nos dedos diminuiu bastante, mas ainda permanece.
03-11: Nó no músculo, entre a escapula e vértebras torácicas.
07-11: Dor na região entre a escapula e vértebras (em toda a extensão).
10-11: Senti muita dor ao virar na cama de madrugada.

14-11: 4 meses de cirurgia se completam!

4 MESES

sábado, 1 de novembro de 2014

ÚLCERA POR PRESSÃO (ESCARA)

Definição: 

As úlceras por pressão (também conhecidas como “escaras”), são lesões cutâneas que se produzem em consequência de uma falta de irrigação sanguínea, devido a uma pressão exercida entre o peso do corpo e uma superfície, promovendo a uma saliência óssea, nas zonas em que esta foi pressionado durante muito tempo (horas, dias...), como por exemplo, uma cama, uma cadeira de rodas, um molde, uma tala ou outro objeto rígido.



Causas:

A pele conta com uma rica irrigação sanguínea que leva o oxigênio a todas as suas camadas. Se essa irrigação for interrompida por mais de 2 ou 3 horas, a pele morre (começando pela epiderme (camada externa))! Uma causa frequente no interrompimento de irrigação na pele é a pressão. A camada de gordura do nosso corpo (principalmente sobre as saliências ósseas), atua como uma “almofada”, evitando assim, que os vasos sanguíneos se tapem.
As pessoas que não podem mexer-se  estão mais propensas a desenvolver úlceras por pressão. Estamos falando de pessoas muito debilitadas, paralisadas e/ou recluídas. Os indivíduos que não são capazes de sentir dor e/ou incomodo, também são susceptíveis à úlcera. A lesão de um nervo (causada por uma ferida, uma pancada, diabetes, entre outras.) reduz a capacidade de sentir dor. E esta capacidade de percepção, também pode ser reduzida pelo coma.
As pessoas desnutridas precisam da camada protetora de gordura. Por haver essa falta de “camada de gordura” e privada de nutrientes essenciais, o risco de desenvolverem úlceras por pressão é maior e havendo a úlcera, a ferida tem mais dificuldade na sua reconstituição durante o tratamento.
Outros tipos de danos à camada externa da pele podem também causar úlceras. Roupas inapropriadas, lençóis enrugados ou a fricção dos sapatos contra a pele podem contribuir para a lesionar. A exposição prolongada à umidade (muitas vezes por transpiração excessiva, urina e/ou fezes) podem danificar a superfície da pele, tornando muito provável a úlcera por pressão.




Sintomas:

Normalmente, as úlceras por pressão provocam uma certa dor e coceira excessiva. Nas pessoas com a sensibilidade afetada podem, até mesmo, desenvolver úlceras graves e profundas sem sentir a dor.

Sinais: (as úlceras por pressão é classificada por estágios.):


Estágio I: eritema não branqueável:

Pele intacta, com rubor não branqueável, numa área localizada, normalmente sobre uma proeminência óssea.
O estágio I pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros, visto que nestes o branqueamento pode não ser visível, a sua cor, porém, pode ser diferente da pele ao redor. A área pode estar dolorida, endurecida, mole, mais quente ou mais fria comparativamente ao tecido adjacente. Este estágio pode ser indicativo de pessoas “em risco”.

Estágio II: perda parcial da espessura da pele:

Perda parcial da espessura da derme, que se apresenta como uma ferida superficial (rasa) com leito vermelho – rosa sem esfacelo. Pode também se apresentar como flictena fechada ou aberta, preenchida por líquido seroso ou sero-hemático.  Apresenta-se ainda, como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou equimose (um indicador de lesão profunda).
As características deste estágio não devem ser confundidas com fissuras de pele, queimaduras por abrasão, dermatite associada à incontinência, maceração ou escoriações.

Estágio III: Perda total da espessura da pele:

Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido adiposo subcutâneo pode ser visível, mas não estão expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina úmida), mas este não oculta a profundidade da perda tecidual. Pode incluir lesão cavitária e encapsulamento.
A profundidade de uma úlcera de estágio III varia de acordo com a localização anatômica. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e uma úlcera de estágio III pode ser superficial.
Em contrapartida, em zonas com tecido adiposo abundante podem desenvolver-se úlceras por pressão de estágio III extremamente profundas. O osso e o tendão não são visíveis ou diretamente palpáveis.

Estágio IV: Perda total da espessura dos tecidos:

Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos ossos, tendões ou músculos. Neste caso, o tecido desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem estar recentes.
A profundidade de uma úlcera por pressão de estágio IV varia com a localização anatômica. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas. A asa do nariz, orelhas, região
occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser superficiais.
Uma úlcera de estágio IV pode atingir o músculo e/ou estruturas de suporte (i.e.fáscia, tendão ou cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de acontecer. Existe osso ou músculo visível ou diretamente palpável.

Outros estágios:

Inclassificáveis/Não graduáveis: Perda total da espessura da pele ou de tecidos - profundidade indeterminada.

Perda total da espessura dos tecidos, na qual a profundidade atual da úlcera está bloqueada pela presença de tecido necrótico (amarelo, acastanhado, cinzento, verde ou castanho) e/ou escara (tecido necrótico amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da ferida.
Até que seja removido tecido necrótico suficiente para expor a base da ferida, a verdadeira profundidade não pode ser determinada; é no entanto uma úlcera de estágio III ou IV.
Obs. Uma escara estável (seca, aderente, intacta e sem eritema ou flutuação) nos calcâneos, serve como penso biológico natural e não deve ser removida.

Suspeita de lesão nos tecidos profundos:

Área vermelha escura ou púrpura localizada em pele intacta e descorada ou flictena preenchida com sangue, provocadas por danos no tecido mole subjacente pela pressão e/ou forças de torção. A área pode estar rodeada por tecido mais doloroso, firme, mole, úmido, quente ou frio comparativamente ao tecido adjacente.
A lesão dos tecidos profundos pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros. A evolução pode incluir uma flictena de espessura fina sobre o leito de uma ferida escura.
A ferida pode evoluir adicionalmente ficando coberta por uma fina camada de tecido necrótico (escara). A sua evolução pode ser rápida expondo outras camadas de tecido dicionais mesmo com o tratamento adequado.”
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013)










Prevenção:

A prevenção é a prioridade máxima em relação às úlceras, incluindo a participação de familiares, assistentes e da equipe de enfermagem. A cautelosa inspeção diária da pele das pessoas acamadas, permite detectar a vermelhidão inicial. Qualquer sinal de vermelhidão indica a necessidade de uma ação imediata, para evitar que a pele se rompa.

As saliências ósseas podem ser protegidas com materiais moles, como o algodão ou a lã esponjosa. Pode-se colocar almofadas na cama, na cadeira e na cadeira de rodas (para reduzir a pressão). Para aquele que não pode mexer-se sozinho, deve-se mudar a posição com frequência; a recomendação habitual é fazê-la de 2 horas em 2 horas e manter a sua pele limpa e seca. Aqueles que ficam muito tempo acamado, pode usar o colchão caixa de ovo, pneumático (diminuir a pressão e proporcionar alívio), para os que têm muitas úlceras por pressão profundas, podem precisar de um colchão com suspensão de ar.
Hidratar a pele do corpo com creme hidratante pelo menos 1x/dia (de preferência hidratantes sem álcool, com menos cheiro e coloração possível).

Colchão Pneumático

Colchão Caixa de Ovo


NÃO FAZER: usar colchões, travesseiros ou almofadas COM botões ou furos.

Tratamento não cirurgico:

                Tratar uma úlcera por pressão é muito mais difícil do que evitá-la. Felizmente, nas suas primeiras etapas, as úlceras por decúbito costumam sarar por “conta própria”, logo que se elimine a pressão sobre a pele.
Cada úlcera deve ser tratada de acordo com seu estágio (análise das bordas, largura, profundidade, aspecto...)e necessidades do “momento”. Avaliação feita por um enfermeiro. Portanto, não colocarei especificações, pois a mesma deverá ser avaliada por um profissional.
Citarei apenas alguns dos materiais utilizados em úlceras: Hidrofimle (filme transparente); Hidrogel; Hidrocolóide; Alginato de Calcio; Hidrofibra; Espuma de Poliuretano, Gaze e Solução Fisiológica. Cada um tem um tamanho ou deve-se adequá-lo à necessidade da úlcera.

As úlceras por pressão são difíceis de tratar. Alguns casos requerem o transplante de pele sã para a zona danificada. Infelizmente, este tipo de cirurgia nem sempre é possível, especialmente nas pessoas de idade, frágeis, que apresentam desnutrição. Quando uma infecção se desenvolve no mais profundo de uma úlcera, antibióticos são administrados. Os ossos situados por baixo de uma úlcera podem infectar-se; esta infecção (osteomielite) é extremamente difícil de curar, pode passar para a corrente sanguínea e propagar-se a outros órgãos, tornando necessário o tratamento com um antibiótico durante muitas semanas.

NÃO FAZER: colocar a mão na ferida (principalmente sem luvas estéreis), lavar o local com qualquer outro produto que não seja a solução fisiológica, friccionar o local com qualquer material (até mesmo com a gaze), deixar o local exposto.
  

Nutrição:

A nutrição e hidratação adequadas promovem uma pele mais resistente e elástica e em melhores condições de manter-se íntegra. A dieta deve ser balanceada, ou seja, conter todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo (proteínas, vitaminas, carboidratos e sais minerais) e em quantidades adequadas para cada pessoa. A quantidade e qualidade dos líquidos ingeridos, também são fundamentais à prevenção ao bom funcionamento do organismo (proteínas, vitaminas, carboidratante e os refrigerantes e sucos artificiais devem ser evitados. Deve-se evitar a desnutrição e a obesidade.

Procedimentos cirúrgicos:

 Indicado para pacientes com úlceras de grau III/IV, que não respondem ao tratamento conservador optimizado, situação médica e nutricional estabilizada, programa de esvaziamento vesical e intestinal adequado, suspensão de hábitos tabágicos, e aceitação dos riscos e da necessidade de um programa de reabilitação pós cirúrgico prolongado para redução das recorrências.