SEGUNDA SEMANA: algumas mudanças pós cirurgia

Sexta-feira (25/07)

 Ainda com sensação de peso na região torácica, porém as dores diminuíram bastante.

Sábado (26/07)

 A região da cirurgia e os pontos começa a coçar.

Domingo (27/07)

 Sensação de que a região torácica está desinchando e menos sensível a palpação.

Segunda-feira (28/07)

 Segue em conformidade.

Terça-feira (29/07)

 Dia em que fui ao consultório do meu médico para retirar os pontos e fazer uma nova radiografia da coluna.

Parei de passar o “merthiolate spray” e comecei a passar pomada “Cicatrene “ (uso tópico) e cobrindo-a apenas com o Micropore, para cuidados mais estéticos da cicatriz; bolsa de água quente para diminuir o edema e creme hidratante, pois minha pele está bem ressecada.

Quarta-feira (30/07)

 Começo a andar sem apoio, apenas escorando em móveis e paredes (mas sempre com alguém por perto).

Ao redor do curativo, uma coceira que chega a incomodar. Consequência dos restos de cola dos micropores utilizados para curativos.

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  Quinta-feira (31/07)

    Dormi a tarde inteira. Rsrs

Em casa, estou em uso da "Almofada Triângulo caixa de ovo, de espuma de poliuretano".

  * Dicas:

Para aliviar a coceira, passar gaze umedecida com álcool.

Com ajuda de óleo corporal, remove-se com menos “dor” o curativo.

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  * Análise da semana:

Estou ficando cada dia mais incomodada por depender de alguém para deitar, levantar, ir ao banheiro, tomar banho na cadeira... Não é tão fácil como as pessoas “mostram” nas redes sociais.

Semana da cirurgia

Quinta-feira (17/07) 

 Cirurgia realizada entre 13h e 21h. Onde foi utilizada apenas 1 bolsa de sangue e colocado 18 pinos e 2 hastes.

Encaminhada para o CTI (centro de terapia intensiva) com dreno, cateter nasal, CVC (cateter venoso central) e eletrodos(para o acompanhamento do eletrocardiograma) e Oxímetro (mede a quantidade de oxigênio no sangue), onde foi tirado a radiografia da coluna.

Sexta-feira (18/07)

 Banho no leito;

Retirada do cateter nasal;

Troca do CVC para CVP (cateter venoso periférico).

CVC

CVP

Sábado (19/07)

 A enfermeira retirou o dreno (permite a saída de fluidos ou ar que estão presentes na região da cirurgia);

Vômito após o café da manhã;

Assentou-se na cadeira, com ajuda da fisioterapeuta. Onde ficou por mais ou menos 2h.
Primeiro dia com o colete ( Colete Putti Elástico Alto Chantal).

Domingo (20/07)

 Troca do banho no leito pelo banho na cadeira;

Saiu do CTI e foi para o quarto;

Enjôos, falta de apetite e vômito;

Andou no quarto com auxilio da fisioterapeuta, pela manhã;

Sonolência e mal estar durante o dia.

Recebeu duas bolsas de sangue, devido a plaquetas e hemácias baixas.

Segunda-feira (21/07)

 Ficou sentada na cadeira a tarde inteira;

Mais disposta que no dia anterior;

Dieta foi bem aceita.

Terça-feira (22/07)

 Ultimo episodio de vomito (devido ao brusco levantamento pela enfermeira, para tomar a medicação da manha).

Voltou para casa,onde a alimentação foi bem aceita. Dando continuidade ao banho de cadeira, ao uso do colchão caixa de ovo e em uso de relaxante muscular a cada 6h.

Apesar de ter ficado o dia inteiro sentada, teve dores apenas ao movimentar-se.

·        Troca de curativo diária (após o banho), onde utilizou apenas “merthiolate spray” (uso tópico), cobrindo com Gaze e Micropore.

Quarta-feira (23/07)

 Acordou com um pouco de dor e peso na região torácica. Caminhou pela casa com apoio. Prosseguindo com o relaxante muscular mas, sentia dor ao virar-se na cama.

Quinta-feira (24/07)

 Tudo em conformidade.

-> Medicação usada: Morfina, Plasil, Omeprazol e Dipirona (no hospital); faz o uso de Tylex e Dorflex (em casa).

* Dicas:

Alugue uma cadeira para tomar banho em casa;

Se o hospital não disponibilizar o colchão “caixa de ovo”, compre-o, pois vai precisar (evita escaras (úlcera por pressão).

* Análise da semana:

Percebi que estou totalmente dependente dos meus pais e avó.

Veias estouradas 

Veia estourada

Veia estourada e infiltração (ocorrida em 21/07)

Troca de curativo realizada em casa

Colchão caixa de ovo

Minha história com a escoliose

Vou fazer um resumo sobre a minha vida com a patologia.

Atualmente, tenho 24 anos de idade, sou Brasileira e venho convivendo com os incômodos (físicos e psicológicos) e dores decorrentes da escoliose. Vou tentar me lembrar mais ou menos as datas em que ocorreram os fatos, pois afinal são 9 anos de história para se contar. Rsrs

Bem, fui diagnosticada com escoliose aos 15 anos de idade, onde o primeiro médico, disse que o uso do colete (colete de Boston e o colete de Milwaukee) não seria mais possível e me  indicou fazer atividade física. Aos 17 anos de idade, busquei uma nova opinião, já que as dores eram constantes (principalmente na hora de deitar-me (como é até hoje)). Já o segundo médico, indicou continuar com atividade física e disse que eu ainda estava em fase de crescimento e que não achava necessário fazer a cirurgia para a correção da escoliose. Comecei a fazer Pilates e foi assim por um ano e meio, mas me cansei e acabei largando. Aos 21 anos de idade ou 22, fui em outro médico e disse que cansei de fazer Pilates.... E como o grau da curvatura da minha escoliose havia aumentado, ele sugeriu fazer o RPG (reeducação postural global), a fiz em média de 9 a 12 meses, mas me canse também, pois é uma atividade de concentração, sem muitos movimentos, apenas alongamento do corpo. Eu a intercalava com a academia, onde ambas as atividades não podem ser realizadas no mesmo dia (uma afeta a “evolução” da outra naquele dia), ai eu fazia 3 dias de academia e 2 dias de RPG.
Aos 23 anos, procurei um outro médico para mais uma opinião, onde rapidamente ele sugeriu a cirurgia, pois, por já pertencer a fase adulta da mulher. Ele pediu para eu fazer um preparo físico (atividade física), para futuramente ter um pós operatório mais “tranquilo”. Voltei para a academia (tentava ir todos os dias), mas não voltei para Pilates e nem para o RPG. Estava me preparando para fazer a cirurgia no final do ano, pois iria me formar na faculdade e não queria interromper/atrasar meus estudos.

“De um dia para outro”, recebo a notícia de que meu plano não me atenderia mais (em convênio com a prefeitura – funcionários públicos). Desesperadamente procurei qualquer outro médico com o mesmo sobrenome que o que iria me operar, pois seu tio e primo eram de sua equipe. Gostei de nenhum dos dois e meu médico tava pouco ligando mais pra mim, porque eu não aceitei fazer a cirurgia com ele no particular. Acabei desistindo de tudo e larguei pra lá.
Mas no final do ano passado (aos 23 anos), minha terapeuta me indica seu cunhado que é ortopedista e especializado em coluna vertebral (Dr. Julio Cesar Boynard Santiago). Fui bem atendida, me passou total confiança (como passa até o momento) e disse que a minha única solução é a cirurgia, não adianta mais fazer Pilates, RPG... Que atividade física só alivia no momento (para a escoliose), pois já estou com 42º de curvatura, pela minha idade e que poderia agravar ainda mais.
Em 6 meses fiz uma bateria de exames (como os citados no post anterior) e exames preparatórios para a cirurgia, como exames de sangue e urina.

No momento estou sem sono e bastante ansiosa, pois minha cirurgia será daqui 7 horas (12h – Horário de Brasília).

Se lembrar-me de algo que não mencionei, volto aqui e adiciono.

Cirurgia realizada no dia 17 de julho de 2014.
Daqui pra frente irei contar sobre minha cirurgia, recuperação, cuidados de enfermagem, visitas do médico, fisioterapeuta...

Colete de Milwaukee

Colete de Boston